terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Redirecionando...

Olá ser incauto que veio cair aqui, o meu blog [mais ou menos] ativo é o: http://thecolchetes.wordpress.com/

Obrigada!

domingo, 13 de março de 2011

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       Queria criar um blog desde o século passado, e dentre várias resistências  neuróticas, achava tão difícil escolher um nome que acabava sempre emperrando nisso.
         É como escolher nome de filho, saca? Você nem sabe que cara ele vai ter! Por isso às vezes entendo as pessoas darem nome aos bebês só depois...Não, mentira. Não entendo.

        Veja bem, quero escrever sobre coisas que me ocorram, sem me preocupar se serão engraçadinhas, críticas ou sentimentais demais. Quero escrever, simplesmente. O que vai vir, depende exclusivamente do meu humor e do meu desejo. A questão é que quando damos um nome a um blog, nesse título já rola uma síntese do espírito da coisa, certo? Se eu quiser algo espirituoso, passo a carregar aquele fardo do clima piadão que isso impõe. Por outro lado, se minha intenção não é exatamente ser ácida e debochada o tempo inteiro, para isso precisaria de um nome um pouco mais sério, ou simples, mais "neutro", e então corro o risco de cair na pseudagem absoluta. Como sou minha crítica mais mordaz, zoava de todos os nomes que surgiam. Ou pareciam nomes de loja de roupas infantis, ou soava como algo depressivo e patético. Ora muito forçado, caricato , ora pretensioso e, ás vezes, soava como títulos de filmes ruins também. Daí me veio "COLCHETES". Primeiro porque sempre gostei deles. Esteticamente acho muito mais bonito do que parênteses. Eles abarcam os parênteses, e dão a idéia de intertexto. E foram excluídos da língua! De alguma forma, me lembra nome de banda. Acho que teria uma banda chamada Colchetes. The Colchetes. Enfim, fui percebendo outras coisas, com a ajuda do amigo Google:
         Grande redescoberta: aquela paradinha q fecha o sutien, e vários outros tipos de peças, pesadelo de muitos, chama-se colchetes! [!] Ou seja, abre e fecha. Como pude ter usado algo durante anos e esquecido o nome? Me lembrou a crônica do Veríssimo onde ele tenta explicar ao vendedor que queria um alfinete de segurança, mas não conseguia dizer o nome. Bom, segundo: Em uma expressão numérica a posição dos parênteses e dos colchetes alteram o resultado da expressão. [...] (OLHA ELE AÍ) "...começamos pelas expressões que estão dentro destes sinais, a partir do mais interno, no caso de estar um dentro do outro." Então, podemos ter um infinito de coisas dentro deles. Terceiro: Utilizado na linguagem informática e na língua portuguesa, "também quando se deseja inserir, colocar uma reflexão." Pode ser empregado:
    - em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia da palavra.
    - para intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto.
    - para inserir comentários e observações em textos já publicados.
    - para indicar omissões de partes na transcrição de um texto.
      Por Exemplo:
        "É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho" (Machado de Assis)
         
          Talvez este seja o significado que mais chamou minha atenção...O "entre-partes". Aquilo que está num hiato e que não pode ser dito totalmente. Quando escrevemos, sempre tentamos transmitir algo, e nunca será exatamente aquilo que queríamos. Este símbolo para mim, diz um pouco disso. COLCHETES é para me lembrar desse impossível. E também, por fim, me passa a idéia muito agradável de que estou cochichando algo, out of the records, só pra quem interessa.